O faroeste, assim como o musical, é um gênero genuinamente americano. E Clint Eastwood é o maior representante deste gênero há mais de 60 anos. O Cavaleiro Solitário é um dos muitos faroestes em que ele atuou e/ou dirigiu. Vemos aqui, mais uma vez, a personagem singular criada por Clint, a do estanho sem nome. Este filme faz uma homenagem direta a um dos clássicos do gênero, Os Brutos Também Amam, acrescido de uma forte tensão sexual. Porém, referências e inspirações à parte, trata-se de um típico Eastwood. A visão de mundo do diretor está presente em cada fotograma. Em um pequeno vilarejo, um grupo de mineradores procura por ouro em um pedaço de terra comprado do governo. O dono do lugar quer que eles saiam do local e decide intimidá-los. Surge então um “padre” que faz pender a balança em favor dos mais fracos. Resumido assim, parece até que o filme não tem muito o que oferecer. Ledo engano. O Cavaleiro Solitário reúne todas as qualidades de um grande faroeste e tem em Eastwood um diretor mais que inspirado. Sua história simples e direta define bem o caráter das personagens e deixa claro, desde a primeira cena, para quem devemos torcer. Uma boa porta de entrada para os faroestes em geral, e para o cinema de Clint Eastwood, em particular.
O CAVALEIRO SOLITÁRIO (Pale Rider – EUA 1985). Direção: Clint Eastwood. Com Clint Eastwood, Michael Moriarty, Carrie Snodgress, Chris Penn, Sydney Penny e Richard Dysart. Duração: 113 minutos. Distribuição: Warner.
Uma resposta
Acho até engraçado dizer, mas, eu gosto dos filmes faraoestes também. Desde pequena eu assitia com meu pai os western e principalmente quando tinha como protagonista Clint Eastwood, de quem nós erámos fãs, por causa de sua postura transgressora e ao mesmo tempo heróica.
Excelente escolha, amor. Beijocas