O americano Destin Daniel Cretton começou sua carreira em 2002 dirigindo curtas. Um deles, Short Term 12, feito em 2008, deu projeção ao seu diretor em festivais e foi transformado em longa, Temporário 12, cinco anos depois. O sucesso do filme aproximou Cretton da atriz Brie Larson que agora volta a ser dirigida por ele em O Castelo de Vidro, que teve o roteiro escrito pelo próprio diretor, junto com Andrew Lanham, a partir do livro autobiográfico de Jeannette Walls. Larson, à frente do elenco, faz o papel de Jeannette adulta e, a partir de suas lembranças, somos apresentados à sua família disfuncional. Em especial, seus excêntricos pais, Rex e Rose Mary, vividos, respectivamente, por Woody Harrelson e Naomi Watts. O Castelo de Vidro se sustenta pela força de seu relato e talento dos atores. Cretton, ciente do potencial do que tinha em mãos, não carrega nas tintas e deixa as lembranças de Jeannette fluírem em cenas às vezes tensas, outras tristes, belas, doloridas e felizes, mas, nunca tediosas ou insignificantes. Infelizmente, passou batido pelos cinemas e ficou de fora da temporada de premiações. Uma pena. Merecia mais.
O CASTELO DE VIDRO (The Glass Castle – EUA 2017). Direção: Destin Daniel Cretton. Elenco: Brie Larson, Woody Harrelson, Naomi Watts, Max Greenfield, Josh Caras, Sarah Snook, Ella Anderson, Sadie Sink e Brigette Lundy-Paine. Duração: 127 minutos. Distribuição: Paris Filmes.