Os franceses Hélène Cattet e Bruno Forzani começaram a trabalhar com audiovisual em 2001 escrevendo e dirigindo filmes. Desde então já realizaram seis curtas, dois segmentos de trabalhos coletivos e quatro longas. O Brilho do Diamante Secreto, de 2025, é o quarto longa da dupla, que homenageia e brinca com as obras de espiões, séries de TV e quadrinhos dos anos 1960 e 1970. Em especial, James Bond e similares. A linguagem adotada por Cattet e Forzani não se furta em utilizar elementos narrativos que são caros a esse tipo de história. A ação se passa na glamorosa Côte d’Azur, no litoral francês, onde vemos John D (Fabio Testi), um ex-agente secreto, agora aposentado. Ele está tomando um drink à beira mar e avista uma bela mulher que depois é encontrada morta com uma pedra de diamante colocada em um de seus mamilos. Isso traz lembranças do passado e tudo se complica quando sua vizinha de quarto desaparece. John mergulha em um mundo carregado de traições, paranoias, muito erotismo e até ninjas. Uma grande mistura de referências aos filmes europeus de espionagem daquele período. Essa viagem não apenas parece confusa, ela é confusa mesmo. Mas afinal, muito do que acontece se passa na cabeça perturbada de John D, então nada mais natural que seja assim.
O BRILHO DO DIAMANTE SECRETO (Reflet dans Un Diamant Mort – Bélgica/Luxemburgo/Itália/França 2025). Direção: Hélène Cattet e Bruno Forzani. Elenco: Fabio Testi, Yannick Renier, Koen de Bouw, Maria de Medeiros, Manuel Dacosse e Bernard Beets. Duração: 87 minutos. Distribuição: Pandora Filmes.







