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O BARATO DE GRACE

Os ingleses têm um humor peculiar. Sem escatologia e sem pastelão. A graça surge das coisas simples do cotidiano. É corrosivo sempre, porém, carregado de inteligência e sutileza. Em O Barato de Grace acompanhamos o drama da jardineira Grace Trevethen (Brenda Blethyn). Como se não bastasse ter ficado viúva, ela descobre que o falecido lhe deixou como herança um punhado de dívidas. Uma série de circunstâncias faz com que Grace venha a cuidar, em sua estufa, de um frágil pé de maconha. A partir daí, utilizando seus vastos conhecimentos de jardinagem, ela “salva” a plantinha, aumenta sua produção e constata que não basta plantar, é preciso vender a mercadoria. O grande “barato” do filme, além do roteiro, reside na escalação do elenco, em especial a fantástica atriz principal. A trama lida com um tema que vem sempre cercado de bastante polêmica, mas o diretor Nigel Cole soube conduzi-lo com o tom certo. O roteiro, co-escrito pelo ator Craig Ferguson, que interpreta Matthew, o ajudante-sócio de Grace, em momento algum faz apologia à maconha. Duas curiosidades: 1) Os pés de canabis sativa mostrados no filme são verdadeiros. Os produtores conseguiram uma autorização especial do governo britânico, que manteve vigilância constante durante as filmagens para que as plantas não fossem consumidas pelo elenco. 2) Em Portugal o filme ganhou o espirituoso título de O Jardim da Alegria.
O BARATO DE GRACE (Saving Grace – Inglaterra 2000). Direção: Nigel Cole. Elenco: Brenda Blethyn, Craig Ferguson, Martin Clunes, Tchéky Karyo, Jamie Foreman e Bill Bailey. Duração: 94 minutos. Distribuição: Europa Filmes.

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Respostas de 3

  1. Boa dika, geralmente os filmes com drogas costumam ser muito pesados (Expresso da meia noite, Trainspoting, Traffic só pra citar alguns) e deixam uma sensação ruim sobre a força dessas substancias na vida das pessoas, legal conferir uma opção light e divertida.

    JOPZ

  2. Seu resumo de ” O barato de Grace” é estimulante; fiquei com uma vontade danada de ir à locadora pegar o filme, já, já, Marden.

    Receba o meu abraço, mas, finalmente, com o GIBICON terei a oportunidade de compartilhá-lo pessoalmente. Até lá, prezado blogueiro.

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