“Memories, light the corners of my mind. Misty watercolor memories of the way we were“. Algo como “Memórias, iluminam os cantos de minha mente. Memórias de aquarelas enevoadas do jeito que nós éramos”. Os versos da bela canção composta por Marvin Hamlish e cantada por Barbra Streisand serviram de trilha sonora para milhões de casais apaixonados. O cineasta americano Sydney Pollack sabia que tinha uma grande história de amor nas mãos quando leu o roteiro de Arthur Laurents. Nosso Amor de Ontem, de 1973, conta a história de amor do casal Hubbell (Robert Redford) e Katie (Streisand). Muito diferentes um do outro, temos aqui o clássico “opostos que se atraem”. O pano de fundo deste romance envolve questões políticas e ideológicas. E não poderia ser diferente em se tratando de um filme estrelado por Redford, um artista sempre engajado nestes assuntos. Apesar disso, a lembrança maior, o que fica no espectador é o lado romântico e o tema-título, não por acaso, premiado com o Oscar de melhor canção. Nosso Amor de Ontem traz certos temas à reflexão. E estas reflexões, mesmo aparentemente rasas, são sempre relevantes.