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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

NO CALOR DA NOITE

Se, infelizmente, o preconceito racial ainda é bem forte no mundo hoje, imagine como era em meados dos anos 1960. Em particular, nos Estados Unidos. Este é um dos focos do impactante No Calor da Noite, policial dirigido em 1967 por Norman Jewison. Jewison, um diretor experiente e engajado, realiza aqui um filme que consegue, ao mesmo tempo, entreter e questionar, divertir e fazer pensar. O roteiro, escrito por Stirling Silliphant, tem por base o livro de mesmo nome de autoria de John Ball. Tudo começa com a morte de um rico empresário de Ohio. O detetive negro do departamento de homicídios, Virgil Tibbs (Sidney Poitier), termina se envolvendo na investigação. Seu trabalho é dificultado por Gillespie (Rod Steiger), um delegado branco e preconceituoso. Como é comum em situações como esta, os dois terão que colocar as diferenças de lado para solucionar o caso. No Calor da Noite, mesmo passado tanto tempo de seu lançamento, continua bastante atual. Jewison conduz sua narrativa com habilidade cirúrgica e prende nossa atenção da primeira à última cena. Sem contar que o roteiro é precioso em seus diálogos; a fotografia de Haskell Wexley tem a temperatura certa; a trilha sonora de Quincy Jones nos faz entrar no clima; a montagem precisa de Hal Ashby (que depois se tornaria diretor) e o elenco, bem, o elenco é um capítulo à parte. No Calor da Noite foi o grande vencedor do Oscar naquele ano. Ganhou as estatuetas de melhor filme, ator (Rod Steiger), roteiro adaptado, montagem e som.

NO CALOR DA NOITE (In the Heat of the Night – EUA 1967). Direção: Norman Jewison. Elenco: Sidney Poitier, Rod Steiger, Warren Oates, Lee Grant e James Patterson. Duração: 110 minutos. Distribuição: Fox. 

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