Se você fosse o diretor de uma superprodução cheia de efeitos especiais, o que faria no período de folga entre o término da produção e o início da pós-produção? O cineasta americano Joss Whedon aproveitou o intervalo que teve após o fim das filmagens de Os Vingadores e reuniu um grupo de amigos em sua casa e, em poucos dias, fez uma versão moderna de Muito Barulho Por Nada. O roteiro, do próprio Whedon, se baseia na comédia clássica de William Shakespeare. Se você já leu ou viu a peça ou ainda se tiver visto a versão de 1993, dirigida pelo inglês Kenneth Branagh, conhece a história de Benedick (Alexis Denisof), que não para de brigar com Beatrice (Amy Acker) ou a de Don Pedro (Reed Diamond), que voltou de uma guerra onde derrotou e capturou seu irmão Don John (Sean Maher). Todos eles estão na casa de Leonato (Clark Gregg). Muito Barulho Por Nada fala de traições, mas, também, de pessoas que relutam em admitir que estão apaixonadas. Whedon consegue ser fiel ao texto shakespeariano e, ao mesmo tempo, ser fiel ao seu próprio estilo: divertido, criativo e subversivo.