Antes de abraçar o cinema, o norueguês Erik Poppe trabalhou muitos anos como repórter fotográfico. Seu envolvimento com a sétima arte começou em 1994, primeiro como diretor de fotografia. A estreia como diretor aconteceria quatro anos depois. Mil Vezes Boa Noite, que ele dirigiu em 2013, tem muito de sua experiência como fotógrafo de conflitos pelo mundo. O roteiro, escrito por ele próprio, junto com Harald Rosenlow-Eeg, conta a história de Rebecca (Juliette Binoche), uma fotógrafa de guerra, talvez a melhor do mundo em atividade. Ela se encontra dividida entre seu trabalho e sua família, no caso, seu marido Marcus (Nikolaj Coster-Waldau) e a filha do casal. Só o fato de se tratar de um filme da Noruega, já seria suficiente para garantir a conferida. Além disso, ter no elenco a talentosa atriz francesa Juliette Binoche só reforça a urgência em assistir a esta obra. Sem contar a maneira impactante com que Poppe conduz sua narrativa. Porém, existe um outro fator mais relevante ainda: são poucos os filmes que tratam de questões tão profundas e pessoais como Mil Vezes Boa Noite. É de fundamental importância valorizar trabalhos como este, que fazem do Cinema uma arte maior. Com “C” maiúsculo.