O cineasta Leon Prudovsky nasceu na Rússia e se mudou na adolescência para Israel, onde iniciou sua carreira no audiovisual, em 2004, como assistente de direção. Em paralelo, escreveu roteiros e dirigiu curtas, documentários, séries de TV e telefilmes até estrear como diretor de longas, em 2009, com a comédia Five Hours from Paris. Após 13 anos ele realiza seu segundo longa, Meu Vizinho Adolf, coprodução de Israel, Polônia e Colômbia, com roteiro dele próprio, escrito junto com Dmitry Malinsky. A história abre com um prólogo antes da Segunda Guerra Mundial e depois avança para 1960, no interior da América do Sul onde o senhor Polsky (David Hayman), sobrevivente do Holocausto, vive sozinho e tranquilo cuidando de seu jardim. Isso muda com a chegada do senhor Herzog (Udo Kier), o novo morador da casa ao lado da sua. A quebra da rotina deixa Polsky irritado e essa irritação se transforma por completo quando ele desconfia que Herzog talvez seja, na verdade, Adolf Hitler. A premissa é bastante original e oferece ótimos momentos para a dupla de atores centrais. Hayman e Kier estão perfeitos, para dizer o mínimo. E a maneira como Prudovsky conduz a narrativa é precisa no tom de envolvente suspense que imprime a partir das desconfianças de Polsky. Trata-se de uma pequena joia que merece ser descoberta.
MEU VIZINHO ADOLF (My Neighbor Adolf – Israel/Polônia/Colômbia 2022). Direção: Leon Prudovsky. Elenco: David Hayman, Udo Kier, Olivia Silhavy, Kineret Peled, Jaime Correa e Tomasz Sobczak. Duração: 96 minutos. Distribuição: A2 Filmes.
