A cineasta paulista Caru Alves de Souza iniciou sua carreira no audiovisual em 2007. Primeiro como roteirista e, logo depois, também como produtora e diretora, e tornou-se sócia de Tata Amaral na empresa Tangerina Entretenimento. Caru escreveu, junto com Josefina Trotta, o roteiro de Meu Nome é Bagdá, seu segundo longa atrás das câmeras. A história gira em torno de Bagdá (Grace Orsato), jovem skatista de 16 anos que vive com a mãe e duas irmãs na periferia de São Paulo. Acompanhamos a rotina da personagem-título com seus amigos de skate, sua família e algumas outras meninas que também andam de skate. Com uma abordagem quase documental, Meu Nome é Bagdá se sustenta com o carisma de Grace Orsato, que profere suas falas com um grau de realismo dos mais sinceros, quase como se não houvesse um roteiro. A diretora demonstra carinho por suas personagens e nos envolve por inteiro nesse singelo ritual de passagem e de defesa do papel da mulher e da importância da sororidade. Em tempo: o filme venceu o Grande Prêmio da Geração 14 Mais, dado pelo Júri Internacional do Festival de Cinema de Berlim 2020.
MEU NOME É BAGDÁ (Brasil 2020). Direção: Caru Alves de Souza. Elenco: Grace Orsato, Karina Buhr, Gilda Nomacce, Marie Maymone, Helena Luz, Paulette Pink, Emílio Serrano, William Costa, João Paulo Bienermann e Nick Batista. Duração: 96 minutos. Distribuição: Pagu Pictures.