O cartunista Ziraldo criou a personagem do Menino Maluquinho em 1980. Sucesso instantâneo, o garoto que usa uma panela como chapéu vem encantando crianças de todas as idades desde que surgiu. Levá-lo para o cinema era um caminho natural. Isso terminou acontecendo em 1994, quando foi lançado O Menino Maluquinho – O Filme. E não poderia haver diretor mais acertado para a tarefa do que o mineiro Helvécio Ratton, que havia dirigido oito anos antes o belíssimo A Dança dos Bonecos. Com roteiro escrito por Maria Gessy e Alcione Araújo, junto com Ratton e Ziraldo, o filme nos apresenta Maluquinho, vivido por Samuel Costa, e seu grupo de amigos. A turma se diverte com brincadeiras que hoje parecem muito distantes, como andar de carrinho de rolimã, subir em árvores, jogar peteca e outras coisas. As férias na fazenda do seu avô é mais uma chance para que ele viva grandes aventuras. Ratton, fiel ao espírito da criação de Ziraldo, faz um filme repleto de alegria, inocência e nostalgia. Menino Maluquinho – O Filme remete-nos a uma época que não existe mais. Uma época que só existe na lembrança daqueles que estão hoje com mais de 30 anos. Mas, não pense que tudo são flores no dia-a-dia do Maluquinho. Ele também enfrenta problemas adultos. O que não impede que ele desfrute com intensidade de uma fase importante da vida de todos nós: a infância. E é justamente esta postura diante de tudo que faz do menino alguém tão querido e especial. Quando o filme termina, fica aquela gostosa sensação de como é bom ser criança e a certeza de que o Maluquinho vai se tornar um adulto muito legal. Em tempo: o filme teve uma continuação, dirigida em 1998 por Fernando Meirelles.