A frase do cartaz da comédia romântica Mais Que Amigos não poderia ser mais precisa: uma história de amor entre dois caras. É realmente disso que trata esse filme dirigido por Nicholas Stoller, a partir de um roteiro dele próprio, escrito junto com o ator Billy Eichner, que vive o protagonista Bobby Leiber. Ele apresenta um podcast e é um dos curadores de um museu LGBTQIA+ em Nova York. Certa noite, Bobby conhece o advogado Aaron (Luke Macfarlane) em um clube gay. Após uma conversa descobre que possui muita coisa em comum com ele. O problema é que tanto Bobby quanto Aaron não estão acostumados a ter relacionamentos sérios. Com muito humor e um turbilhão de referências à cultura pop, a rotina dos dois começa, gradativamente, a mudar e, obviamente, surgem problemas e atritos. Stoller conduz sua história com leveza, mas também não deixa de mostrar a maneira como homens gays se relacionam. Algo defendido por Bobby em certa altura do filme. Além disso, há um pouco de metalinguagem quando ele relata uma conversa que teve com um produtor hollywoodiano. Mais Que Amigos é a primeira produção de um grande estúdio a contar uma história como essa e ter em seu elenco e sua equipe técnica pessoas identificadas como LGBTQIA+. Em se tratando de representatividade, temos aqui um excepcional exemplo de que é possível e há espaço para lançamentos com essa temática. Sentimento é algo inerente ao ser humano e independe de orientação sexual, cor da pele, escolaridade, bagagem cultural ou classe social. Sendo o mais nobre dos sentimentos, o amor acontece naturalmente. Simples assim.
MAIS QUE AMIGOS (Bros – EUA 2022). Direção: Nicholas Stoller. Elenco: Billy Eichner, Luke MacFarlane, Monica Raymund, Guillermo Díaz, Amanda Bearse, Dot-Marie Jones, Jim Rash e Eve Lindley. Duração: 116 minutos. Distribuição: Universal.
