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MADALENA

O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Esse triste dado faz parte da rotina diária da população LGBTQIA+. E Madalena, longa de estreia de Madiano Marcheti, traz uma história que gira em torno do sumiço da personagem-título, uma mulher trans. A ação se passa em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Marcheti, também autor do roteiro, dividiu a escrita com Thiago Gallego, Tiago Coelho, Thiago Ortman e Helena Vieira. Somos apresentados a Luziane (Natália Mazarim), Bianca (Pamella Yule) e Cristiano (Rafael de Bona). As três personagens têm suas vidas ligadas pela “presença” de Madalena. Há muitas ideias e defesas colocadas aqui. Elas podem até parecer desconexas, mas funcionam como uma espécie de crônica de diferentes realidades brasileiras. Basta prestar atenção em muitas das frases ditas pelos atores e atrizes em cena e até mesmo por locutores de rádio. Questões sociofamiliares, agrícolas, políticas e religiosas estão presentes, porém, inseridas de maneira sutil. Mas o debate que provocam são fortes o suficiente para gerar pertinentes discussões.

MADALENA (Brasil 2021). Direção: Madiano Marcheti. Elenco: Joana Castro, Natália Mazarim, Pamela Yulle, Rafael de Bona, Mariane Cáceres e Lua Guerreiro. Duração: 85 minutos. Distribuição: Vitrine Filmes/Netflix.

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