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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

KIKA

O cineasta espanhol Pedro Almodóvar é um artista em constante evolução. Sua carreira começou em 1974 e ao longo dos quatro anos seguintes ele dirigiu 13 curtas até a estreia em longas. De 1978 até 1988 tivemos o período que poderia ser chamado de “primeira fase”. A partir daí, com Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos, ele ganhou projeção internacional e consolidou o que conhecemos hoje como “estilo almodovariano”. Kika, que ele realizou em 1993, integra essa “segunda fase”. A trama nos apresenta a personagem-título, uma maquiadora extremamente otimista vivida pela atriz Verónica Forqué. Ela se envolve com o fotógrafo Ramón (Àlex Casanovas) de uma maneira, digamos assim, bastante inusitada. Mas Kika foi amante de Nicholas (Peter Coyote), padrasto de Ramón. Como é comum nos filmes de Almodóvar, trata-se de uma obra bem difícil de ser classificada. Temos comédia, drama, suspense e mistério. Há também diálogos muito engraçados e completamente naturais sobre sexo e relações humanas. Além, óbvio, de personagens secundárias que fogem do convencional. Nada se compara aqui à sofisticação que veríamos a partir de A Flor do Meu Segredo, seu filme seguinte que marca o início da “terceira fase” composta por obras mais maduras. Mas a diversão é garantida. Em tempo: Dona Paquita, que aparece entrevistando Nicholas é vivida por Francisca Caballero, mão do diretor.   

KIKA (Espanha 1993). Direção: Pedro Almodóvar. Elenco: Verónica Forqué, Peter Coyote, Àlex Casanovas, Victoria Abril, Rossy de Palma, Jesús Bonilla, Karra Elejalde e Manuel Bandera.  Duração: 114 minutos. Distribuição: Editora Europa.

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