O cineasta japonês Nobuhiko Obayashi, desde o início de sua carreira, em 1960, atua em muitas frentes. Roteirista, produtor, diretor, fotógrafo, montador, compositor e às vezes ator, Obayashi, dono de uma vasta filmografia, tem em Hausu seu trabalho mais cultuado. Com roteiro de Chiho Katsura, escrito a partir de uma história de Chigumi Obayashi, filha do Nobuhiko. O filme começa com Angel (Kimiko Ikegami), após brigar com seu pai, ela viaja com amigas para a casa de uma tia, que dá título ao filme e revela ser mal assombrada. Parece simples demais. E é mesmo. Na verdade, Hausu foi encomendado pela poderosa produtora Toho por conta do sucesso de Tubarão, de Spielberg. E o que Obayashi faz aqui é algo bem difícil de se exprimir em palavras e talvez “pesadelo” seja o termo que chegue mais perto de uma definição. Hausu foi o primeiro longa do diretor, após 17 anos dirigindo curtas e comerciais de TV, e é desde então seu maior e melhor cartão de visita
HAUSU (Hausu – Japão 1977). Direção: Nobuhiko Obayashi. Elenco: Kimiko Ikegami, Miki Jinbo, Kumiko Ohba, Ai Matsubara e Eriko Tanaka. Duração: 88 minutos. Distribuição: Versátil/Saraiva.