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GONZAGA – DE PAI PRÁ FILHO

Pode ser intencional ou não, mas, Breno Silveira vem se transformando no maior cinebiografista musical brasileiro. Dos quatro primeiro filmes que dirigiu, três possuem relação direta com músicos populares. Primeiro, com 2 Filhos de Francisco ele comoveu o país com a história de Zezé di Camargo e Luciano. Depois, em À Beira do Caminho, ele utilizou como fio condutor canções de Roberto e Erasmo Carlos. Por último, em Gonzaga – De Pai Prá Filho ele nos conduz pela vida de dois ícones de nossa música, Luiz Gonzaga e seu filho, Gonzaguinha. O roteiro de Patrícia Andrade tem por base uma longa entrevista gravada por Gonzaguinha com seu pai. A relação dos dois nunca foi das melhores. Gonzagão reinou durante muitas décadas e estava passando por um momento de declínio. Gonzaguinha estava no auge do sucesso. Donos de posições bem distintas, em todos os sentidos, sempre houve uma mágoa muito grande por parte do filho e aquele momento serviu para aproximá-los. Breno optou por uma narrativa não-linear e pula ao longo do filme por diferentes períodos da vida do Rei do Baião e vai, aos poucos, mesclando a vida do pai com a do filho. Todos os atores que interpretam Luiz Gonzaga estão perfeitos, porém, é preciso destacar, é no mínimo assombrosa a maneira como o gaúcho Júlio Andrade personifica Gonzaguinha. Mesmo abordando duas figuras tão complexas em um intervalo de tempo de mais de 60 anos, Gonzaga – De Pai Prá Filho não perde o rumo minuto algum. Breno Silveira realizou um filme popular sem ser popularesco, sentimental sem ser piegas.

GONZAGA – DE PAI PRÁ FILHO (Brasil 2012). Direção: Breno Silveira. Elenco: Júlio Andrade, Nanda Costa, Sílvia Buarque, Luciano Quirino, Cláudio Jaborandy, Cyria Coentro, Heslander Vieira, Chambinho do Acordeon, Adélio Lima, Ana Roberta Gualda,  Cecília Dassi, Domingos Montagner e João Miguel. Duração: 130 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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Respostas de 2

  1. É um filme imperdível e com grande devotamento sentimental, Marden; conto aqui até uma coisinha que aconteceu comigo: depois de assistir em dvd, saí em busca de tudo que trouxesse acréscimos informativos, tanto sobre o famoso Gonzaga, quanto ao talentoso filho Gonzaguinha.

    Dia desses mais recentemente, ao ouvir a “Missa do vaqueiro” com a participação do Gonzagão e o espetacular Quinteto Violado fiquei a lembrar do belo filme.

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