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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

FLORES RARAS

Filho de Luiz Carlos e Lucy Barreto, o mais poderoso casal de produtores de filmes do Brasil, o carioca Bruno Barreto cresceu respirando cinema. Depois de dirigir seis curtas, entre 1967 e 1971, ele estreia na direção de longas com Tati, A Garota, em 1972, filme que foi financiado por sua avó. Em 1976, dirigiu Dona Flor e Seus Dois Maridos, um dos maiores sucessos de público do cinema nacional. Este filme abriu as portas do mercado internacional para Bruno que, a partir daí, passou a trabalhar tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Taxado por muitos como um diretor puramente comercial, na verdade, ele mescla obras de grande apelo popular com filmes mais pessoais, como é o caso deste Flores Raras, realizado em 2013. O roteiro, escrito por Matthew Chapman, Julie Sayres e Carolina Kotscho, é uma adaptação do livro Flores Raras e Banalíssimas, de Carmen L. Oliveira, que por sua vez se inspira no relacionamento amoroso da brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) com a americana Elisabeth Bishop (Miranda Otto), entre as décadas de 1950 e 1960. A primeira é uma arquiteta e a segunda uma poetisa. Ambas de personalidade forte. O diretor trabalha a história de amor entre Lota e Elisabeth com muito delicadeza e encontra no desempenho das duas atrizes a química e o envolvimento perfeitos. A exemplo do que ele já havia feito em Bossa Nova, de 2000, Bruno esbanja saudosismo e idealização na reconstituição de um Rio de Janeiro que foi, realmente maravilhoso um dia.   

FLORES RARAS (Brasil 2012). Direção: Bruno Barreto. Elenco: Glória Pires, Miranda Otto, Marcello Airoldi, Tracy Middendorf, Treat Williams, Márcio Ehrlich, Lola Kirke e Tânia Costa. Duração: 117 minutos. Distribuição: Imagem Filmes.

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