O diretor inglês Barnaby Southcombe começou sua carreira na televisão. Entre 2001 e 2008, ele dirigiu episódios de várias séries britânicas. A estréia em longas aconteceu em 2012, com o filme Eu, Anna. Com roteiro dele próprio, adaptado do romance homônimo de Elsa Lewin, acompanhamos aqui uma trama no melhor estilo noir. Bernie Reid (Gabriel Byrne) é um detetive que, depois que se separou, passou a cuidar das rondas noturnas. Certa noite, ele atende a um chamado de um apartamento, onde encontra um homem morto. É quando ele vê uma mulher, Anna Welles (Charlotte Rampling), por quem fica interessado. O destino trata de colocá-la em seu caminho outra vez. Eu, Anna é um policial dos bons. Daqueles que trazem uma boa dose de suspense e um elenco afinadíssimo, em especial, a dupla central. Southcombe aprendeu bem o ofício de bem contar uma história no período em que trabalhou na televisão. O filme é envolvente e consegue sempre se antecipar em relação às expectativas que criamos em torno das situações e suas personagens. Em resumo, um ótimo trabalho de estréia, o que faz de seu diretor um nome a ser acompanhado com atenção.