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ESPERANÇA E GLÓRIA

John Boorman faz o tipo “diretor clássico”. Ele se envolveu com o audiovisual no início da década de 1960, quando começou a trabalhar na BBC dirigindo seriados e documentários. Em 1965, ele estreou em longas e dois anos depois ganhou notoriedade com seu segundo filme, À Queima-Roupa. Na sequencia, demonstrou versatilidade realizando obras bem diferentes entre si, como: Inferno no Pacífico, Amargo Pesadelo, Zardoz e Excalibur. De sua extensa filmografia, Esperança e Glória, que ele escreveu e dirigiu em 1987, é seguramente o mais pessoal. Boorman usou como base as lembranças de sua própria infância em Londres na época da Segunda Guerra Mundial. Seu alterego é Bill Rohan (Sebastian Rice Edwards), um garoto de nove anos. Para ele, o conflito que está destruindo sua cidade é, na prática, uma grande diversão. Não tem aula na escola e ele brinca todos os dias nos escombros de seu bairro. Muitos comparam Esperança e Glória com Amarcord, de Fellini. É verdade que existem algumas semelhanças, porém, elas se limitam ao fato de ambas serem obras autobiográficas. Boorman consegue manter sua história no limite do melodrama. E não cai na tentação do exagero. Tudo parece simples, como o olhar de uma criança. E é assim, pelo olhar de Bill, que acompanhamos aquele momento difícil da família Rohan.
ESPERANÇA E GLÓRIA (Hope and Glory – Inglaterra 1987). Direção: John Boorman. Elenco: Sarah Miles, David Hayman, Derrick O’Connor, Sammi Davis, Ian Bannen, Sebastian Rice Edwards e Jean-Marc Barr. Duração: 112 minutos. Distribuição: Spectra Nova.

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