A cineasta neozelandesa Jane Campion leu o romance O Corte, escrito por Susanna Moore, quando de seu lançamento, em 1996. Ao longo dos seis anos seguintes ela não descansou até conseguir adaptá-lo para o cinema. O roteiro, de Campion junto com a própria Moore, chegou às telas em 2003 e ganhou no Brasil o título de Em Carne Viva. À frente do elenco, Meg Ryan e Mark Ruffalo. Ela é Frannie Avery, uma professora de inglês que vive sozinha em Nova York e conhece ele, o detetive Giovanni Malloy, que investiga um assassinato ocorrido na vizinhança de Frannie. Temos aqui, como pano de fundo, uma trama que trata de crimes brutais em série. Mas não é isso o que chama nossa atenção. A forma como Campion conduz sua narrativa destacando a construção das personagens e a entrega do elenco, em especial, de Meg Ryan, fazem toda a diferença. Seu olhar feminino evita que essa história cai na vala comum dos clichês que povoam filmes de premissa semelhante. Infelizmente, Em Carne Viva não encontrou seu público e teve um desempenho muito fraco nas bilheterias. A produção custou 12 milhões de dólares e faturou apenas 23 milhões nas salas de cinema.
EM CARNE VIVA (In the Cut – Inglaterra/Austrália/França/EUA 2003). Direção: Jane Campion. Elenco: Meg Ryan, Mark Ruffalo, Jennifer Jason Leigh, Sharrieff Pugh, Nick Damici, Heather Litteer e Kevin Bacon. Duração: 119 minutos. Distribuição: Sony/Netflix.