O cineasta e compositor americano John Carpenter cresceu assistindo a episódios da série Além da Imaginação. Outras fortes influências foram os filmes de Alfred Hitchcock, Howard Hawks e John Ford. Ele iniciou carreira no finalzinho dos anos 1960 e as duas décadas seguintes foram as mais produtivas e criativas de sua filmografia. Eles Vivem, de 1988, que ele dirigiu e escreveu a partir de um conto de Ray Nelson, consegue funcionar como um filme B de ficção-científica, bem como um drama de crítica social. Na trama, um forasteiro (Roddy Piper), chega à Los Angeles e, por acaso, descobre o plano de uma raça alienígenas para dominar nosso planeta. A invasão é sutil e utiliza a mídia para difundir mensagens subliminares que podem ser percebidas através de óculos escuros especiais. Carpenter realiza aqui mais uma de suas pequenas obras-primas e, de quebra, critica a sociedade de consumo, a classe política e ainda brinca com algumas teorias da conspiração em um filme assumidamente barato, porém, carregado de boas soluções visuais e narrativas. Além disso, Eles Vivem tem uma das mais inusitadas frases já usadas no cinema: “eu vim aqui para mascar chiclete e chutar traseiros… e eu estou sem chiclete”.
ELES VIVEM (They Live – EUA 1988). Direção: John Carpenter. Elenco: Keith David, Meg Foster, Peter Jason, George ‘Buck’ Flower, Raymond St. Jacques, Jason Robards III e Roddy Piper. Duração: 94 minutos. Distribuição: Versátil.
Uma resposta
E este filme, com o passar dos anos, ainda vive! E melhora com as décadas. Preciso vê-lo novamente… hoje é um bom dia.