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DYING: A ÚLTIMA SINFONIA

Em quase quatro décadas de carreira no audiovisual, o roteirista e diretor alemão Matthias Glasner tem se dividido entre trabalhos para cinema e televisão. Dying: A Última Sinfonia, que ele escreveu e dirigiu em 2024, ganhou o Urso de Prata de melhor roteiro no Festival de Berlim e é uma obra impactante. A abordagem que Glasner faz da família Lunies e a partir dela da finitude da vida é das mais ricas em simbolismos. Dividido em cinco partes e um epílogo, o filme, apesar da longa duração, não cansa um minuto sequer. Temos o casal Gerd (Hans-Uwe Bauer) e Lissy (Corinna Harfouch), ambos doentes de diferentes causas. O filho Tom (Lars Eidinger) é maestro e lida com a regência de uma peça composta por Bernard (Robert Gwisdek), um amigo depressivo, ao mesmo tempo em que se vê pai postiço de uma filha de sua ex-esposa. Já a filha Ellen (Lilith Stangenber) é alcoólatra, detesta seu trabalho e se envolve com um dentista casado. Todos e todas aqui flertam com a morte, seja ela real ou simbólica. As relações da família Lunies nunca foram, digamos assim, exemplares. Glasner explora tudo isso com segurança e ausência absoluta de qualquer sentimentalismo. E tem não apenas no roteiro bem escrito, mas também no excepcional elenco a maior força de seu filme.

DYING: A ÚLTIMA SINFONIA (Sterben – Alemanha 2024). Direção: Matthias Glasner. Elenco: Lars Eidinger, Corinna Harfouch, Lilith Stangenberg, Ronald Zehrfeld, Robert Gwisdek, Anna Bederke, Hans-Uwe Bauer e Saskia Rosendahl. Duração: 180 minutos. Distribuição: Imovision.

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