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DUBLÊ DE CORPO

Brian De Palma costuma ser chamado, de maneira bastante rasteira, de “imitador” de Alfred Hitchcock. A afirmação é, no mínimo, carregada de desinformação. De Palma é, antes de tudo, um diretor excepcional e que não precisa imitar ninguém. Na verdade, o que ele faz é algo bem diferente: ele homenageia e subverte ao mesmo tempo. Em Dublê de Corpo é isso que ele faz com dois filmes de Hitchcock: Janela Indiscreta e Um Corpo Que Cai. Na trama, Jake Scully (Craig Wasson) é um ator desempregado que recebe um convite para tomar conta de um apartamento, de onde ele tem um telescópio para observar a linda vizinha que todas as noites faz um sensual striptease. Certo dia, Jake percebe que um outro homem a observa também. Dizer que Dublê de Corpo é uma simples imitação de Hitchcock é pensar pequeno. O cinema feito por De Palma é muito maior que isso. Sua obra é trabalho de mestre. Duvida? Basta ver este filme.
DUBLÊ DE CORPO (Body Double – EUA 1984). Direção: Brian De Palma. Elenco: Craig Wasson, Melanie Griffith, Gregg Henry, Deborah Shelton, Guy Boyd, Dennis Franz, David Haskell, Rebecca Stanley, Al Israel e Douglas Warhit. Duração: 114 minutos. Distribuição: Sony/Versátil.

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Respostas de 3

  1. Imitação é o que rolou em Mulholland Drive.
    Vou apontar quatro semelhanças:
    Acidentes de carros na Mulholand Dr que envolve mulheres, o beijo entre mulheres no filme de Holly (BD) e no jantar (MD) – até o ângulo da câmera é o mesmo, as imagens do índio (BD) e do mendigo (MD), o marido que sai de casa depois de pegar a mulher com outro…
    No cinema e na música tudo é referência para uma nova criação.

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