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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

DIREITO DE AMAR

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood continua errando e fazendo suas compensações em seguida. Em 2009, quando da entrega do Oscar de melhor ator, deixou de premiar Colin Firth, por seu papel no filme Direito de Amar. No ano seguinte, Firth recebeu seu merecido Oscar, mas, por um outro trabalho, correto e técnico, nada mais do que isso, em O Discurso do Rei. Baseado no romance de Christopher Isherwood, Direito de Amar foi adaptado e dirigido pelo estilista Tom Ford, em sua estreia como diretor de cinema. A ação se passa no ano de 1962. Firth é George Falconer, um professor dilacerado pela morte trágica de seu amante Jim (Matthew Goode). Apesar da dor que sente e da vontade de morrer também, George se esforça para manter as aparências, pois esconde de quase todos sua orientação sexual. Uma das poucas exceções é sua melhor amiga e ex-namorada Charley (Julianne Moore). A interpretação contida, econômica e silenciosa de Firth nos faz enxergar, sem máscaras, toda a angústia e sofrimento que sua personagem enfrenta por conta da perda de seu grande amor. Tom Ford faz uso de toda a sua experiência no mundo da moda para realizar um filme que é, antes de tudo, muito bonito de se ver e carregado de uma elegância pouco comum em trabalhos de diretores estreantes. Mas, é bom ressaltar, Direito de Amar não é simplesmente um bolo com uma bela cobertura. Ele tem consistência e um recheio de primeira. Seja pelo desempenho de todo o elenco ou pela qualidade de seu roteiro. Tom Ford tinha o que dizer e soube fazê-lo muito bem. Em tempo: mais uma vez o distribuidor nacional primou pelo título. A Single Man ganhou no Brasil o pavoroso e genérico título de Direito de Amar. Os portugueses foram mais felizes na tradução. Lá o filme se chama Um Homem Singular.
DIREITO DE AMAR (A Single Man – EUA 2009). Direção: Tom Ford. Elenco: Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode, Jon Kortajarena e Lee Pace. Duração: 100 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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Respostas de 2

  1. Faço minhas, as palavras do Marden. Trata-se aqui de um dos filmes mais elegantes que eu já assisti e uma estreia absolutamente extraordinária. É para rasgar a seda mesmo. Sim, Colin Firth está soberbo. Tenho dito!

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