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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

DE SALTO ALTO

Quando o cineasta espanhol Pedro Almodóvar assina seus filmes como “um filme de Almodóvar”, ele não está sendo arrogante. Na verdade, está sendo simplesmente realista. Seu cinema é único e é só dele. Em 1991, quando escreveu e dirigiu De Salto Alto, Almodóvar comprovou mais uma vez que não se acomodaria no sucesso. Três anos antes ele havia conquistado o mundo com Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos. Isso não impediu que seu trabalho seguinte, Ata-Me!, seguisse uma trilha completamente diferente. A história gira em torno de Becky (Marisa Paredes), uma cantora que volta para Madrid 15 anos depois de ter abandonado a própria filha, Rebecca (Victoria Abril). As coisas se complicam mais ainda pelo fato de Rebecca ser casada com Manuel (Feodor Atkine), antigo amante de sua mãe. Um crime é cometido e entra em cena o cantor Miguel Bosé, em papel triplo. Um deles, impagável e, acredite, de grande beleza. De Salto Alto não admite um meio-termo. Almodóvar sabe como provocar sem cair na vulgaridade. Kitsch ele é. Vulgar, jamais. Melodramático? Até a medula. Realmente, um autêntico filme de Almodóvar.

DE SALTO ALTO (Tacones Lejanos – Espanha 1991). Direção: Pedro Almodóvar. Elenco: Victoria Abril, Marisa Paredes, Miguel Bosé, Feodor Atkine, Pedro Diez del Corral e Ana Lizaran. Duração: 112 minutos. Distribuição: Magnus Opus.

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