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CORPO E ALMA

O boxe talvez seja o melhor esporte para tratar de questões de superação. Não que outros esportes não possam ser utilizados com a mesma eficiência. Mas o boxe, pela forte simbologia que carrega na figura do indivíduo que enfrenta seu destino com as próprias mãos dentro de um ringue é impactante. Basta assistir ao filme Corpo e Alma para constatar isso. O próprio título já resume muito bem este pensamento. O diretor Robert Rossen, que havia começado sua carreira como roteirista em 1937, revela neste seu segundo longa sua vocação maior: a direção. O roteiro de Abraham Polonsky nos conta a história de Charley Davis (John Garfield), um boxeador que se envolve com o submundo do crime em troca de fama e dinheiro. Charley é uma figura complexa e a interpretação de Garfield é, para dizer o mínimo, comovente. Isso é ainda mais reforçado pela narrativa realista, quase jornalística, impressa por Rossen. Com forte influência noir, temos em Corpo e Alma um dos mais influentes filmes a utilizar o boxe com metáfora do sonho americano.

CORPO E ALMA (Body and Soul – EUA 1947). Direção: Robert Rossen. Elenco: John Garfield, Lilli Palmer, Hazel Brooks, Anne Revere e William Conrad. Duração: 104 minutos. Distribuição: Versátil.

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