Pensei na trilogia de John Wick, estrelada por Keanu Reeves e com toda aquela mitologia ligada às ações dos assassinos profissionais que orbitam no hotel The Continental. Agora imagine que no lugar desses homens temos mulheres tão boas ou melhores que ele e possuem um universo próprio com determinados ambientes e procedimentos. É o caso de Coquetel Explosivo, dirigido por Navot Papushado, cineasta israelense, também autor do roteiro junto com Ehud Lavski. A trama gira em torno de Samantha (Karen Gillan), uma eficiente assassina que foi abandonada pela mãe, Scarlet (Lena Headey), que assim como a filha, fazia serviços como matadora para a misteriosa “Firma”. Anos depois, uma missão a aproxima de Emily (Chloe Coleman) e acaba por envolvê-las em uma guerra de gangues. Coquetel Explosivo não foge à regra dos filmes do gênero. Apresenta um elenco bem legal, uma direção que abusa de movimentos em câmera lenta e uma montagem que potencializa tudo isso. Tem seu charme, além de uma boa trilha sonora. É esquecível. Com certeza. No entanto, ao longo das duas horas de duração diverte de maneira descompromissada.
COQUETEL EXPLOSIVO (Gunpowder Milkshake – França/Alemanha/EUA 2021). Direção: Navot Papushado. Elenco: Karen Gillan, Lena Headey, Carla Gugino, Michelle Yeoh, Chloe Coleman, Angela Bassett, Michael Smiley e Paul Giamatti. Duração: 114 minutos. Distribuição: Amazon Prime.
