O galês Roald Dahl escreveu alguns dos melhores livros infantis do século XX. Quase todos viraram filmes. Entre eles: James e o Pêssego Gigante, Matilda, A Fantástica Fábrica de Chocolate e As Bruxas. Este último ganhou aqui o título de Convenção das Bruxas e foi dirigido pelo inglês Nicolas Roeg, que começou carreira em 1960, como diretor de fotografia. Em 1962 ele chamou a atenção como diretor de segunda unidade de Lawrence da Arábia, de David Lean. Oito anos depois, estreou como diretor. O roteiro adaptado por Allan Scott é fiel ao clima do livro e conta uma história de terror para menores. Tudo acontece em um hotel onde bruxas, lideradas pela personagem de Anjelica Huston, estão reunidas para por em prática um plano que visa transformar em ratos todas as crianças da Inglaterra. Elas só não contavam que o garoto Luke (Jasen Fisher) descobrisse tudo. As histórias criadas por Dahl costumam retratar mundos fantásticos inseridos em um contexto cotidiano. Roeg, um cineasta com “os pés no chão”, surpreendeu todo mundo quando assumiu este projeto. Apesar de aparentemente distante de sua filmografia habitual, Convenção das Bruxas não faz feio em relação às demais obras do diretor. Além disso, trata-se de um típico Dahl. E isso é sempre bom.
CONVENÇÃO DAS BRUXAS (The Witches – Inglaterra 1990). Direção: Nicolas Roeg. Elenco: Anjelica Huston, Mai Zetterling, Jasen Fisher, Rowan Atkinson, Bill Paterson, Brenda Blethyn e Jane Horrocks. Duração: 91 minutos. Distribuição: Warner.
Uma resposta
Tem ideia de quantas vezes eu assisti esse filme na minha infância? No mínimo 20. Os meus pais levavam eu e meu irmão na locadora e com frequência pegávamos esse filme uma vez mais. E meu pai dizia sempre “mas vocês já viram esse umas mil vezes”. Eu sou fissurada por esse filme. E graças a você, Marden, eu vou ter que dar um jeito de vê-lo de novo. Beijo e obrigada por ressuscitar mais essa lembrança. 😉 Gaby