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CONTOS DA LUA VAGA

Se existe uma santíssima trindade do cinema japonês, ela é composta por Akira Kurosawa, Yasujiro Ozu e Kenji Mizoguchi. Este último, talvez seja o menos conhecido dos três no ocidente. Mizoguchi se envolveu com a sétima arte em 1920, primeiro como ator e, pouco tempo depois, como diretor. Em 36 anos de carreira, dirigiu quase 100 filmes, a maioria durante a década de 1920. A partir da década seguinte, seus trabalhos passam a ser mais engajados e revelam influências políticas e sua visão de mundo, em especial, destacando a condição submissa da mulher. Mizoguchi “passeou” por diversos gêneros e é dele a primeira versão de 47 Ronins. Em 1953 ele dirigiu Contos da Lua Vaga, uma de suas obras mais premiadas. O roteiro, escrito por Yoshikata Yoda, se inspira em uma adaptação de Matsutaro Kawaguchi, para as histórias criadas por Hisakazu Tsuji e Akinari Ueda. A ação se passa no Japão feudal do século XVI. Trata-se de uma história de fantasma típica do folclore japonês. Dois irmãos: um quer se tornar samurai e o outro, um rico comerciante. Tudo isso durante uma sangrenta guerra civil que assolou o país. Se existe um termo que resume bem Contos da Lua Vaga, este termo é “obra-prima”. Tudo aqui, absolutamente tudo, funciona com perfeição. Roteiro, direção, fotografia, montagem, trilha sonora, cenários, figurinos e elenco. Mizoguchi, com este filme, ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza de 1953 e legou ao Cinema um belíssimo tesouro.
CONTOS DA LUA VAGA (Ugetsu Monogatari – Japão 1953). Direção: Kenji Mizoguchi. Elenco: Machiko Kyo, Masayuki Mori, Kichijiro Ueda, Kinuyo Tanaka, Mitsuko Mito e Eitaro Ozawa. Duração: 96 minutos. Distribuição: Versátil.

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