A tetralogia conhecida como Contos das Quatro Estações foi escrita e dirigida pelo cineasta Éric Rohmer ao longo de oito anos. Ela teve início em 1990, com Conto de Primavera. Em 1992 foi a vez de Conto de Inverno. Em 1996 tivemos Conto de Verão e finalmente, em 1998, este Conto de Outono. Pensar que ele, Rohmer, tinha 70 anos quando fez a primeira parte e 78 quando fez a última, é mais uma prova da vitalidade criativa desse grande artista. Conto de Outono nos apresenta Magali (Béatrice Romand), uma viúva que vive no Sul da França e produz vinhos. Isabelle (Marie Rivière), disposta a ajudar, coloca um anúncio sentimental no jornal procurando um novo parceiro para a amiga. Aparecem dois pretendentes: Gérald (Alain Libolt) e Étienne (Didier Sandre). Ao contrário do que possa parecer, as histórias desses quatro filmes não estão conectadas. A única coisa que as une é o fato de terem sido realizadas por Rohmer. Há em todas elas os elementos que tornaram seu criador um nome ímpar na história do cinema mundial. Um cineasta que soube como poucos utilizar as falas de suas personagens como peça vital de suas narrativas. Não pense com isso que a obra de Rohmer é só blá-blá-blá. Muito pelo contrário. É cinema puro.
CONTO DE OUTONO (Conte d’Automne – França 1998). Direção: Éric Rohmer. Elenco: Béatrice Romand, Marie Rivière, Alain Libolt e Didier Sandre. Duração: 107 minutos. Distribuição: Europa Filmes.
