Steven Spielberg ainda era uma promessa. Uma promessa genial, mas ainda assim, uma promessa. Mesmo após o estrondoso sucesso mundial de Tubarão dois anos antes, não foi fácil para ele conseguir realizar Contatos Imediatos do Terceiro Grau. O mote da trama buscava inserir visitas de seres extraterrestres dentro de um contexto bem realista. Spielberg já havia explorado isso em Firelight, uma super produção em super 8 que ele havia realizado ainda adolescente. Em Contatos Imediatos acompanhamos muitas histórias que seguem em paralelo, no entanto, a principal delas é de Roy Neary (Richard Dreyfuss), um funcionário da companhia de energia que junto com outras pessoas experimenta um contato imediato de terceiro grau, ou seja, testemunha a presença de seres de outro planeta. Afinal, como bem dizia o cartaz do filme: “nós não estamos sós”. Todos os que passam por essa experiência desenvolvem uma espécie de obssessão que termina por conduzi-los até um determinado ponto no interior dos Estados Unidos, onde algo grandioso acontece. Spielberg, também autor do roteiro, conduz tudo com maestria e encantamento e ainda conta com a participação especial do grande cineasta francês François Truffaut no papel do cientista Lacombe. Um filme que fascinou e continua fascinando todas as pessoas que um dia olharam para o céu com olhos de criança. Porém, não custa destacar também que este filme não seria o mesmo sem a inspiradíssima trilha sonora composta por John Williams. Em resumo, uma feliz união de talentos. Quando isso acontece, não tem erro.
CONTATOS IMEDIATOS DO TERCEIRO GRAU (Close Encounters of the Third Kind – EUA 1977). Direção: Steven Spielberg. Elenco: Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr, Melinda Dillon, Cary Guffey, Bob Balaban, J. Patrick McNamara, Warren Kemmerling, Roberts Blossom, Philip Dodds, Shawn Bishop e Adrienne Campbell. Duração: 132 minutos. Distribuição: Sony.
Respostas de 2
Close Encounters é o Citizen Kane de Spielberg – no sentido de ser uma obra grandiosa, autoral e insuperável.
Realmente o filme é muito bom, mas aquelas 5 notas definitivamente entraram para a história do cinema!