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CARRO REI

É sempre muito bom quando a cinematografia brasileira explora diferentes gêneros cinematográficos. E é isso o que faz a cineasta pernambucana Renata Pinheiro em Carro Rei, seu segundo longa. O roteiro, escrito por ela junto com Sérgio Oliveira e Leo Pyrata, é uma ficção-científica que nos apresenta Uno (Luciano Pedro Jr.), uma pessoa que desde criança tem o dom de se comunicar com carros. Com a ajuda do tio Zé Macaco (Matheus Nachtergaele), eles criaram o veículo que dá título ao filme para confrontar uma lei que proíbe a circulação de carros velhos. O que primeiro chama a atenção aqui é o cuidadoso trabalho de direção de arte, seguramente influenciado pelos primeiros trabalhos de Renata no audiovisual que foi trabalhando justamente nessa área. Carro Rei ganhou no Festival de Gramado de 2021 o Kikito de melhor filme e foi, apressadamente, comparado com o francês Titane, de Julia Ducournau. Como toda avaliação feita às pressas, ela simplesmente não se sustenta. São obras bem diferentes nas abordagens que fazem e têm apenas a questão da conexão com carros como ponto comum. Em resumo, trata-se de um filme que causa estranhamento e, cá entre nós, nem sempre isso é fácil de se conseguir.

 CARRO REI (Brasil 2021). Direção: Renata Pinheiro. Elenco: Matheus Nachtergaele, Juliane Elting, Tavinho Teixeira, Okado do Canal, Clara Pinheiro e Luciano Pedro Jr. Duração: 89 minutos. Distribuição: Aroma Filmes.

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