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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

CARANDIRU

O paulista Drauzio Varella trabalha como médico e professor desde o início dos anos 1970. Porém, foi a partir de 1989, quando ele começou a atender aos detentos do presídio do Carandiru, em São Paulo, que seu nome ficou conhecido. Principalmente, após ele relatar seu trabalho no livro Estação Carandiru, publicado em 1999 e um sucesso de vendas. Quatro anos depois, Hector Babenco dirigiu uma adaptação para o cinema. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, junto com Fernando Bonassi e Victor Navas, é episódico, na mesma linha do livro, e culmina no massacre ocorrido na casa de detenção. Há dezenas de personagens em cena e o olhar de Babenco acompanha todos eles. Cineasta de alma humanista, não teria como ser diferente. O ser humano sempre teve importância em suas histórias. A produção mobilizou perto de 300 profissionais, entre técnicos e atores, sem contar milhares de figurantes. Carandiru conquistou a maior bilheteria de um filme nacional no ano de seu lançamento. Um total de mais de cinco milhões de espectadores. O bom do cinema de Babenco é que nunca fez concessões e, apesar disso, sempre soube dialogar com o público. Isso não é fácil. Seja qual for a forma de arte. Só os grandes mestres são capazes disso. Mestres como Babenco.

CARANDIRU (Brasil 2003). Direção: Hector Babenco. Elenco: Luís Carlos Vasconcelos, Lázaro Ramos, Maria Luíza Mendonça, Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Caio Blat, Gero Camilo, Ailton Graça e Milton Gonçalves. Duração: 148 minutos. Distribuição: Columbia/Versátil.

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Uma resposta

  1. Ainda não me acostumei com a morte de Babenco. Leio o texto e não acredito. Aos 70 anos ele já não está mais conosco. Tem uma fila enorme de viventes que já poderiam ter partido… Brasília que o diga!

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