Ao longo dos anos 1960 o western americano sofreu um declínio de público. Butch Cassidy, dirigido em 1969 por George Roy Hill, foi o primeiro faroeste naquela época, em um período de quase dez anos, a motivar as pessoas a irem ao cinema. O filme romantiza a história real de dois assaltantes de bancos e trens: Butch Cassidy e Sundance Kid, vividos, respectivamente, por Paul Newman e Robert Redford. Em muitos aspectos, trata-se de um filme inovador. Há humor, música e um triângulo amoroso. Elementos que não costumavam fazer parte de histórias passadas no velho oeste. Roy Hill transforma seus criminosos em anti-heróis e, sem percebermos, passamos a torcer por eles o tempo todo. Mesmo tendo consciência que eles são foras-da-lei. O que, cá entre nós, não é muito difícil, uma vez que a dupla Newman/Redford possui carisma de sobra para encantar qualquer platéia. Completa o já citado triângulo amoroso a bela Etta Place, papel de Katharine Ross, que havia trabalhado um pouco antes em A Primeira Noite de Um Homem. No entanto, Butch Cassidy não seria o mesmo sem a canção Raindrops Keep Falling on My Head, composta por Burt Bacharach e Hal David e cantada por B.J. Thomas. Preste atenção no momento em que ela aparece como música de fundo para a seqüência da bicicleta. Um respiro quase surreal que se tornou uma cena clássica do cinema.
BUTCH CASSIDY (Butch Cassidy and the Sundance Kid – EUA 1969). Direção: George Roy Hill. Elenco: Paul Newman, Robert Redford, Katharine Ross, Cloris Leachman, George Furth, Henry Jones, Jeff Corey, Kenneth Mars, Strother Martin e Ted Cassidy. Duração: 110 minutos. Distribuição: Fox.
Respostas de 4
Lembro do dia em que assisti Butch Cassidy and the Sundance Kid no cinema. Sim, tens razão, a seqüência da bicicleta é memorável!
Bela película. Difícil dizer se o melhor é o elenco, a produção, o roteiro ou a trilha sonora. Conta com uma inspiração estética mais calcada nos “spaghetti”, mas com o coração americano. Abre um renovado período no gênero estadunidense, deixando os anos 70 virem e se firmarem como a referência para o faroeste atual. Ou não é tudo isso?
Também lembro da cena da bicicleta. Linda. Vale ver de novo…
A cena + musica da bicicleta é CULT, mas a briga de faca tbem é marcante.
E quando estive nos confins da patagonia, lembrei desses “bandidos”.
JOPZ