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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

AZOR

Há certos elementos autobiográficos do roteirista e diretor Andreas Fontana em Azor, seu longa de estreia. Ele é natural de Genebra, na Suíça, mas morou por um tempo em Buenos Aires, na Argentina. No filme, com roteiro dele próprio, o banqueiro privado suíço Yvan De Wiel (Fabrizio Rongione), viaja até a capital portenha para reatar os contatos de seu sócio desaparecido. O país vizinho vive o período da ditadura militar e Wiel entra em contato com a elite econômica e religiosa local em grandes e calados salões de festas, bem como em mansões com piscinas e jardins carregados de luxo. Nesse cenário surreal, um duelo é travado entre dois banqueiros. Azor não é um filme apressado. Sob a fachada de uma viagem de turismo, Wiel, junto com sua esposa Inés (Stéphanie Cléau), quer descobrir algo sobre o sumiço de seu parceiro de negócios. Mas o que ele encontra põe em xeque seus valores. Fontana conduz sua narrativa com muita habilidade ao abordar certas questões políticas de forma direta. E encontra em Rongione um ator talentoso que expressa as diferentes facetas de Wiel, um homem que chega inteiro e vai, aos poucos, se dividindo por dentro, a partir do que vê ao seu redor.

AZOR (Suíça/Argentina/França 2021). Direção: Andreas Fontana. Elenco: Fabrizio Rongione, Stéphanie Cléau, Carmen Iriondo, Juan Trench, Ignacio Vila, Pablo Torre, Elli Medeiros, Gilles Privat, Augustina Muñoz e Yvain Julliard. Duração: 100 minutos. Distribuição: Vitrine Filmes.

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