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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

AS SESSÕES

O filme As Sessões poderia facilmente cair em duas armadilhas: a vulgaridade ou a pieguice. No entanto, o cineasta polonês radicado nos Estados Unidos Ben Lewin soube caminhar por uma linha tênue e evitou cair nessas ciladas. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, tem como base a história real de Mark O’Brien, que escreveu um artigo para uma revista.  O’Brien era poeta e escritor, contraiu ainda criança a poliomielite e passou a maior parte de sua vida preso em um pulmão de aço. Mark, vivido pelo ator John Hawkes, ocupa seu tempo escrevendo e indo à igreja, onde tem conversas intermináveis e divertidas com o padre Brendan (William H. Macy). Ele quer descobrir o sexo e perder a virgindade. Para isso, contrata Cheryl (Helen Hunt), uma terapeuta sexual especializada em exercícios e consciência corporal. O próprio título de As Sessões resume bem o mote principal do filme. A química de atuação que se estabelece entre Hawkes, Hunt, Macy e todo o elenco de apoio é primorosa. Lewin conduz seu filme com leveza, otimismo e sensibilidade. Outro ponto alto é nunca mostrar a personagem de O’Brien como um pobre coitado. E John Hawkes imprime o tom certo em sua interpretação. Ele é aquele tipo de ator de rosto conhecido, mas, que ninguém lembra direito onde viu. No final, o saldo é mais dos mais positivos e fica aquela sensação de termos visto um filme legal.

AS SESSÕES (The Sessions – EUA 2012). Direção: Ben Lewin. Elenco: John Hawkes, Helen Hunt, William H. Macy, Moon Bloodgood, Adam Arkin e Rhea Perlman. Duração: 98 minutos. Distribuição: Fox.

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