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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ARGENTINA, 1985

A Argentina, assim como o Brasil e outros países sul-americanos, passou por uma ditadura militar. A diferença é que lá houve o julgamento histórico das juntas militares por seus crimes em um tribunal civil. É a história desse julgamento que acompanhamos no filme Argentina, 1985, dirigido por Santiago Mitre. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, junto com Mariano Llinás e Martín Mauregui, narra a cruzada do promotor público Julio Strassera (Ricardo Darín) e seu assistente, Moreno Ocampo (Peter Lanzani). Eles foram auxiliados por uma equipe de recém-formados advogados, e reuniram 709 casos que foram julgados a partir do dia 22 de abril de 1985. O julgamento durou mais de 500 horas, ouviu centenas de testemunhas e sentenciou os militares responsáveis. Mitre já havia trabalhado com Darín em A Cordilheira, de 2017. Sua direção é bastante acadêmica. Isso significa ser bem contada, porém, desprovida de autoralidade. Não se trata de demérito algum. Afinal, a história mostrada aqui é relevante e envolvente por si só. Daquelas que lavam a alma da gente ao vermos a justiça sendo feita. Em tempo: Argentina, 1985 foi premiado no Festival de Veneza de 2022 e é o representante de seu país na disputa por uma indicação ao Oscar 2023 na categoria de melhor filme internacional.

ARGENTINA, 1985 (Argentina 2022). Direção: Santiago Mitre. Elenco: Ricardo Darín, Peter Lanzani, Gina Mastronicola, Alejandra Flechner, Paula Ransenberg, Gabriel Fernández e Ricardo Truppel. Duração: 140 minutos. Distribuição: Amazon Prime Video.

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