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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

AMANTES ETERNOS

Jim Jarmusch foi um dos primeiros “queridinhos” do moderno cinema independente americano. Seu jeito despojado e peculiar de contar histórias marcou toda uma geração de cinéfilos. Obras como Perdidos no Paraíso, Daunbailó e Flores Partidas “pavimentaram” a carreira do diretor. Quando foi anunciado que ele dirigiria um filme de vampiros, criou-se uma enorme expectativa. Todos queriam saber como seriam retratados os famosos sugadores de sangue em um trabalho de Jarmusch? A partir de um roteiro que ele próprio escreveu, o resultado pode ser conferido em Amantes Eternos, título nacional para Only Lovers Left Alive, que poderia ser traduzido como Únicos Amantes Deixados Vivos. Temos aqui dois vampiros: Adam (Tom Hiddleston) e Eve (Tilda Swinton). Ambos cultos, elegantes e sofisticados. Em todos os aspectos. Eles também são, como costumam ser as personagens criadas por Jarmusch, completamente deslocados. Os dois se reencontram e, a partir daí, retomam uma rotina que tem um sustentáculo especial para suas vidas sem fim. Até que entra em cena Ava (Mia Wasikowska), irmã caçula de Eve. Realmente, os vampiros de Jarmusch são diferentes. Há pouco sangue em Amantes Eternos. Mas há muita paixão e muita discussão existencial. As regras básicas das boas histórias de vampiros são respeitadas, porém, é visível o toque pessoal do roteirista-diretor. Amantes Eternos respeita a mitologia criada por Bram Stoker e segue em frente.
AMANTES ETERNOS (Only Lovers Left Alive – Inglaterra/Alemanha 2013). Direção: Jim Jarmusch. Elenco: Tilda Swinton, Tom Hiddleston, Anton Yelchin, Mia Wasikowska, John Hurt e Jeffrey Wright. Duração: 123 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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