James Cameron ainda não era o “rei do mundo”, mas por conta do enorme sucesso de seu filme anterior, O Exterminador do Futuro, a Fox entregou a ele o roteiro e a direção da primeira continuação de Alien: O Oitavo Passageiro, dirigido em 1979 por Ridley Scott. Cameron aplicou aqui suas regras para seqüências. Segundo ele, quando se realiza uma continuação é preciso mantém a essência do original, acrescentar novos elementos e turbinar tudo. Foi exatamente isso que ele fez em Aliens: O Resgate. O plural do título já antecipa a ideia da “turbinada” que Cameron imprimiu. A ação acontece 57 anos depois dos acontecimentos na Nostromo. Ellen Ripley (Sigourney Weaver), depois de vagar congelada pelo espaço por pouco mais de meio século, chega à Terra e é interrogada pela companhia para a qual trabalhava. Uma série de eventos faz com que ela participe de uma nova missão que a colocará outra vez em contato com a raça alienígena do filme anterior. Agora não é apenas um, são muitos e com a mãe deles todos junto. Cameron apresenta todo o seu arsenal técnico e narrativo para contar uma história que preserva características comuns em sua obra, como: personagens femininas fortes e o mau uso da tecnologia e/ou a crença cega nela. Diferente da obra de Scott, Aliens: O Resgate tem pouca introspecção, mas define bem suas personagens e carrega no movimento, na ação desenfreada. Enfim, um filme à altura de seu antecessor e, em alguns momentos, até superior a ele.