FILME DO DIA

E-BOOK

CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ADORÁVEL VAGABUNDO

O diretor ítalo-americano Frank Capra realizou uma espécie de trilogia informal sobre o poder. Primeiro, em 1936, com O Galante Mr. Deeds. Três anos depois foi a vez de A Mulher Faz o Homem. E em 1941, Capra encerra sua trinca com Adorável Vagabundo. Cada filme, respectivamente, traz uma manifestação de poder: o do dinheiro, o da política e o da mídia. O roteiro de Robert Riskin tem por base uma história criada por Richard Connell e Robert Presnell. A trama gira em torno de Ann Mitchell (Barbara Stanwyck), uma jornalista que utiliza o nome de John Doe (João Ninguém, em bom português). Em sua coluna, ela denuncia diversas injustiças sociais. Certo dia, aquele herói de mentira torna-se real quando um homem, vivido por Gary Cooper, aparece na redação. A partir daí, Adorável Vagabundo ganha mais força ainda ao mostrar como a mídia faz para manipular a opinião pública. Merece um destaque especial a sequencia de abertura do filme, onde vemos que uma grande corporação acabou de comprar um pequeno jornal. A cena que mostra a palavra “livre” sendo apagada de uma placa onde estava ao lado da palavra “imprensa”, já deixa bem clara quais são as intenções dos novos donos. Capra sempre foi um cineasta de forte caráter humanista. Além de ferrenho defensor do homem comum e seus valores. Não é diferente aqui.

ADORÁVEL VAGABUNDO (Meet John Doe – EUA 1941). Direção: Frank Capra. Elenco: Gary Copper, Barbara Stanwyck, Edward Arnold, Gene Lockhart, Spring Byington e Walter Brennan. Duração: 122 minutos. Distribuição: Classicline.

COMPARTILHE ESSA POSTAGEM

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MAIS POSTAGENS

ASSINE E RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES