William Dieterle, cineasta alemão radicado nos Estados Unidos, já havia trabalhado com Paul Muni, ator húngaro, também radicado nos Estados Unidos, em A História de Louis Pasteur, de 1936. Um ano depois os dois se juntaram novamente para outra cinebiografia: A Vida de Émile Zola. Com roteiro de Norman Reilly Raine, Heinz Herald e Geza Herczeg, adaptado do material Zola e Seu Tempo, de Matthew Josephson, o filme acompanha a trajetória do famoso escritor francês, autor do clássico Germinal. Acompanhamos Zola, ao lado de seu grande amigo, o pintor Paul Cezanne (Vladimir Sokoloff), do início da carreira até a consagração. No entanto, o foco aqui não é a trajetória literária de Zola e sim, seu envolvimento no Caso Dreyfus, um dos maiores escândalos da história política da França. A direção segura de Dieterle nos conduz por momentos de grande tensão, principalmente, depois que Zola publica seu famoso manifesto em defesa de Dreyfus. A exemplo do filme anterior da dupla, A Vida de Émile Zola também conquistou o Oscar em três categorias: roteiro, ator coadjuvante (Joseph Schildkraut, que vive o capitão Alfred Dreyfus) e filme.
A VIDA DE ÉMILE ZOLA (The Life of Emile Zola – EUA 1937). Direção: William Dieterle. Elenco: Paul Muni, Joseph Schildkraut, Donald Crisp, Gale Sondergaard, Vladimir Sokoloff e Henry O’Neill. Duração: 116 minutos. Distribuição: Warner.