O ator americano Charlton Heston se firmou na segunda metade da década de 1950 como o maior herói de épicos históricos do Cinema. Já entre 1968 e 1973 ele protagonizou três filmes marcantes sobre possíveis futuros distópicos para a raça humana: O Planeta dos Macacos, A Última Esperança da Terra e No Mundo de 2020. O segundo deles consta do box Sessão Dupla de Terror, lançado pela Versátil. Trata-se de uma nova versão do conto Eu Sou a Lenda, escrito por Robert Matheson, adaptado desta vez pelo casal de roteiristas John William Corrington e Joyce Hooper Corrington. A versão anterior, Mortos Que Matam, realizada sete anos antes, tinha uma “pegada” mais próxima do terror. Esta prioriza mais no “clima” ficção-científica que a história possui. No entanto, a essência da trama continua a mesma. Um médico, Robert Neville (Heston), busca desesperadamente a cura para um vírus que transformou os humanos em mutantes assassinos. A figura imponente e levemente canastrona de Charlton Heston “cai” muito bem para este papel. A Última Esperança da Terra, dirigido por Boris Sagal, de larga experiência na direção de seriados de TV, é dinâmico em sua narrativa e funciona muito bem na telinha.
A ÚLTIMA ESPERANÇA DA TERRA (The Omega Man – EUA 1971). Direção: Boris Sagal. Elenco: Charlton Heston, Anthony Zerbe, Rosalind Cash, Paul Koslo, Eric Laneuville, Lincoln Kilpatrick e Brian Tochi. Duração: 98 minutos. Distribuição: Versátil.