Os filmes de espionagem serão eternamente gratos a Jason Bourne. Quando o primeiro filme, A Identidade Bourne, dirigido por Doug Liman foi lançado, em 2002, o mundo conheceu um novo tipo de herói e o gênero ganhou ritmo e fôlego novos. Interpretado na medida certa por Matt Damon, a personagem do agente desmemoriado criada por Robert Ludlum que após sobreviver a uma tentativa de assassinato, volta do mundo dos “mortos” para se vingar e descobrir sua verdadeira identidade. A Supremacia Bourne, segundo filme da série, marca a estreia do diretor Paul Greengrass como condutor da ação. O melhor é que tudo de bom que foi apresentado no primeiro filme, não só foi mantido como ganhou alguns novos elementos, principalmente no ritmo. Greengrass impôs uma estrutura dinâmica e quase documental com uma câmara nervosa e “colada” no ombro de Jason Bourne. A trama começa na Índia, onde Bourne vive agora junto com a namorada Marie (Franka Potente). O breve período de tranquilidade é quebrado por Kirill (Karl Urban), um assassino russo que quebra essa paz momentânea. Com uma direção criativa, um roteiro ágil (novamente escrito por Tony Gilroy), uma montagem frenética a cargo da dupla Richard Pearson e Christopher Rouse e um elenco mais que convincente fazem de A Supremacia Bourne algo mais que uma simples continuação.