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A REVOLUÇÃO EM PARIS

Em pouco mais de três décadas de carreira no audiovisual o cineasta francês Pierre Schoeller tem se dividido entre cinema e televisão. A Revolução em Paris, de 2018, é seu terceiro longa e nos conta uma história que começa em 14 de julho de 1789, dia da Queda da Bastilha, e avança pelos quatro anos seguintes. O ponto de vista principal é o da população parisiense, inteiramente descontente com o rei Luís XVI (Laurent Lafitte). O povo quer que o monarca saia do luxuoso palácio de Versalhes e veja como é miserável a vida na capital francesa. Para tanto, pressionam os membros da Assembleia Nacional para apoiarem as muitas reinvindicações apresentadas e que resultaram na surgimento da República da França. Schoeller levou cinco anos para que seu filme fosse finalizado e o resultado é impactante por conta de seu valor histórico, no entanto, a obra carece de algo imprescindível nesse tipo de narrativa: emoção. É muita gente em cena e muitos diálogos. Fica difícil o envolvimento por parte do espectador e isso se refletiu na fraca bilheteria que o filme obteve, frustrando os planos do diretor que pensava em realizar uma continuação que não foi feita até o momento e dificilmente será.

A REVOLUÇÃO EM PARIS (Un Peuple et Son Roi – França 2018). Direção: Pierre Schoeller. Elenco: Gaspard Ulliel, Adèle Haenel, Louis Garrel, Olivier Gourmet, Izïa Higelin, Noémie Lvovsky, Céline Sallette, Denis Lavant e Laurent Lafitte. Duração: 121 minutos. Distribuição: Bonfilm

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