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A MORTE E A DONZELA

Roman Polanski, cineasta polonês nascido na França, sempre se deu muito bem com adaptações de peças e obras literárias. Para falar a verdade, ele sempre se deu bem com qualquer tipo de história, adaptada ou original. No entanto, os filmes que Polanski dirigiu a partir de um texto teatral estão acima da média. Explico melhor. É comum que um filme adaptado de uma pela fique “teatral” demais. Isso não acontece com os trabalhos de Polanski. E A Morte e a Donzela, obra que ele realizou em 1994, inspirada na peça de mesmo nome escrita pelo chileno Ariel Dorfman, é um ótimo exemplo. O próprio autor, junto com Rafael Yglesias, cuidou do roteiro. Acompanhamos aqui o drama de uma mulher, Paulina (Sigourney Weaver), que foi presa e torturada 15 anos atrás durante a repressão militar no Chile. Certo dia, por acaso, ela encontra Roberto (Ben Kingsley), o homem que a torturou. Paulina decide então fazê-lo pagar por seus crimes. Mas, será que Roberto é realmente o seu algoz? O texto de Dorfman e Yglesias trabalham esta dúvida e a direção de Polanski não se furta disso. Quase toda a ação acontece em um mesmo cenário. Isso costuma exigir muito do elenco. E neste quesito, o diretor conta com dois estupendos atores nos papéis principais. Weaver e Kingsley estão, para dizer o mínimo, perfeitos em cena. A Morte e a Donzela é um filme contundente. Como diria meu irmão Douglas, “feito por gente grande para gente grande”.

A MORTE E A DONZELA (Death and the Maiden – Inglaterra/França/EUA 1994). Direção: Roman Polanski. Elenco: Sigourney Weaver, Ben Kingsley e Stuart Wilson. Duração: 105 minutos. Distribuição: NBO Editora.

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