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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

A GRANDE ILUSÃO

O cineasta americano Robert Rossen era filho de imigrantes russos. Além disso, foi membro do Partido Comunista durante pouco mais de dez anos. Ele, que começou carreira em Hollywood como roteirista em meados dos anos 1930, estreou na direção em 1947. A Grande Ilusão foi seu terceiro filme como diretor. O roteiro, que ele próprio escreveu, se baseia no livro All the King’s Men (Todos os Homens do Rei), de autoria de Robert Penn Warren, vencedor do Prêmio Pulitzer. Rossen, que no início dos anos 1950 foi enquadrado como comunista e chamado a depor no comitê do senador Joseph McCarthy, terminou com seu nome na famigerada Lista Negra. Isso marcou bastante sua carreira. Realizado um pouco antes desses eventos, A Grande Ilusão possui um forte teor político. O filme conta a história de Willie Stark (Broderick Crawford), um idealista da Louisina que vive de combater os corruptos e sonha eleger-se governador para “limpar” toda a sujeira que domina seu Estado. O jornalista Jack Burden (John Ireland) é enviado até a região de Stark e, ao conhecê-lo, acredita ter encontrado finalmente um homem público honesto. A Grande Ilusão mostra de maneira quase didática que o poder corrompe até o mais bem intencionado dos homens e foi o grande vencedor do Oscar de 1950, quando ganhou os prêmios de melhor filme, ator (Crawford) e atriz coadjuvante (Mercedes McCambridge). Em tempo: foi produzida uma outra versão dessa história em 2006, dirigida por Steven Zaillian e com Sean Penn no papel principal.
A GRANDE ILUSÃO (All the King’s Men – EUA 1949). Direção: Robert Rossen. Elenco: Broderick Crawford, Joanne Dru, John Ireland, John Derek, Mercedes McCambridge, Shepperd Strudwick e Anne Seymour. Duração: 105 minutos. Distribuição: Columbia.

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