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A ESPINHA DO DIABO

Quem conhece a filmografia do cineasta mexicano Guillermo del Toro sabe que seus melhores trabalhos, ou pelo menos os mais autorais, são aqueles falados em espanhol. Após o lançamento de Cronos, seu primeiro longa, ele foi para Hollywood onde dirigiu Mutação e não teve a liberdade que precisava. Isso se refletiu na morna recepção que o filme teve. De volta ao México, ele escreveu o roteiro de A Espinha do Diabo, junto com Antonio Trashorras e David Muñoz. Este filme forma com Cronos e O Labirinto do Fauno, que viria a ser feita anos mais tarde, uma espécie de trilogia não oficial do universo fantástico do diretor. A história se passa na Espanha, em meados da década de 1930. É lá que um garoto de 12 anos, Carlos (Fernando Tielve), é abandonado em um orfanato. O lugar é cheio de corredores escuros e de crianças sem família. Del Toro faz de seu filme uma metáfora sobre os órfãos da guerra. Carlos, ao mesmo tempo em que precisa conviver em um mundo repleto de adultos e seus vícios, passa a enxergar a imagem de um menino fantasmagórico que procura falar com ele. A Espinha do Diabo nos traz um artista no pleno domínio de seu ofício. E, em se tratando de um visionário como del Toro, é arte em seu estado mais puro.

A ESPINHA DO DIABO (El Espinazo del Diablo – Espanha/México 2001). Direção: Guillermo del Toro. Elenco: Marisa Paredes, Eduardo Noriega, Frederico Luppi, Fernando Tielve, Irene Visedo, Miguel Ortiz, Iñigo Garcés e Juan Carlos Vellido. Duração: 106 minutos. Distribuição: Versátil.

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