Estamos em Nova York, na segunda metade dos anos 1950. O jornal impresso é a grande fonte de informação e o colunista J.J. Hunsecker (Burt Lancaster) é o mais poderoso de todos. Ele ouve, vê e sabe tudo o que acontece ao seu redor. Pessoas são alçadas ao topo ou destruídas de acordo com o que ele escreve em sua coluna diária no jornal The Globe. Sidney Falco (Tony Curtis) é um agente de imprensa que conhece bem as engrenagens e as manipula de acordo com seus interesses. No meio disso tudo, um jovem casal apaixonado. A história de A Embriaguez do Sucesso acontece ao longo de dois dias apenas. Dois dias bem intensos em que acompanhamos as armações de Hunsecker, com o auxílio de Falco, para por um fim no romance de Susan (Susan Harrison) e Dallas (Martin Milner). Ela é a irmã caçula de Hunsecker e ele é um músico de jazz. Com um roteiro enxuto e cheio de diálogos precisos, coube ao diretor Alexander Mackendrick imprimir um ritmo dinâmico e envolvente para sua trama. O filme conta ainda com um elenco afinadíssimo, uma belíssima fotografia em preto-e-branco, uma trilha sonora perfeita e uma edição primorosa. A Embriaguez do Sucesso é um filme subversivo e que “brinca” com as aparências. Parece “certinho”, no entanto, desnuda sem piedade e com propriedade os bastidores de uma sociedade perversa e obcecada pela fama e pelo sucesso fácil.