Entre 1979 e 1990 Margaret Thatcher foi a mulher mais poderosa do mundo. Até que demorou para que fosse feito um filme sobre ela. A Dama de Ferro, dirigido em 2011 pela britânica Phyllida Lloyd, egressa da ópera que antes havia dirigido apenas Mamma Mia!. Foi nas filmagens deste trabalho que ela conheceu Meryl Streep e a convidou, dois anos depois, para viver a ex-primeira ministra do Reino Unido. O mal estruturado roteiro de Abi Morgan, a partir de flashbacks, se concentra nos primeiros anos Thatcher no governo e as crises que precisou enfrentar culminando com a Guerra das Malvinas. A ideia de uma mulher comandando um mundo de homens é bem-vinda. No entanto, a forma como a narrativa pouco criativa da diretora é conduzida, aliada a um roteiro bem capenga, não empolgam. O que salva o filme e o torna assistível é o marcante desempenho de Meryl Streep no papel-título. Isso rendeu a ela seu terceiro Oscar de atuação. A Dama de Ferro ganhou também, merecidamente, o Oscar de melhor maquiagem.
A DAMA DE FERRO (The Iron Lady – Inglaterra 2011). Direção: Phyllida Lloyd. Elenco: Meryl Streep, Jim Broadbent, Richard E. Grant, Phoebe Waller-Bridge, Alexandra Roach, Harry Lloyd, Iain Glen, Olivia Colman e Susan Brown. Duração: 105 minutos. Distribuição: Paris Filmes.
