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A CANÇÃO DA ESTRADA

Não seria um exagero afirmar que o cinema indiano se divide em “antes” e “depois” de Satyajit Ray. Sua paixão pela sétima arte fez com que ele fosse um dos fundadores do Cineclube de Calcutá. E profissionalmente, seu primeiro trabalho foi como assistente de direção do cultuado diretor francês Jean Renoir quando este foi à Índia para realizar O Rio Sagrado, em 1951. Sua estreia na direção ocorreu quatro anos depois com este A Canção da Estrada, parte um da Trilogia de Apu. O roteiro, do próprio diretor, se baseia no romance escrito por Bibhutibhushan Bandyopadhyay. Acompanhamos aqui a rotina da família Brahmin, a qual pertence o pequeno Apu (Subir Banerjee). Os Brahmin moram em uma vila no interior, até o pai, por conta de um novo emprego, decide se mudar em busca de uma vida melhor. A produção de A Canção da Estrada não foi tranquila. Ray teve dificuldades para fechar o orçamento e as filmagens levaram mais tempo que o previsto. Mas isso não transparece em momento algum do filme. Pelo contrário, o retrato que o cineasta nos revela de seu país, aliado ao extremo carinho que demonstra para com as personagens, além de belo, é de uma sensibilidade ímpar e comovente.

A CANÇÃO DA ESTRADA (Pather Panchali – Índia 1955). Direção: Satyajit Ray. Elenco: Kanu Bannerjee, Karuna Bannerjee, Chunibala Devi, Uma Das Gupta, Runki Banerjee, Reba Devi e Subir Banerjee. Duração: 125 minutos. Distribuição: Obras Primas do Cinema.

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